Os Imperdíveis Castelos de Vale do Loire

Com mais de 300 castelos, o Vale do Loire, na França, é como um cenário de conto de fadas, com torres de defesa, calabouços, aposentos pra lá de luxuosos e jardins impecáveis. Patrimônio da humanidade pela UNESCO desde 2000, a região contém exemplares dos mais belos castelos da Europa.

Château de Chenonceau

O castelo de Chenonceau, também conhecido como “Castelo das Sete Damas” é um dos mais belos do Vale do Loire, e o segundo mais visitado da França, ficando apenas atrás do fabuloso Versailles. Situado às margens do Rio Cher, foi construído no século XIII, porém começou a tomar a forma atual no século XVI, quando o Rei Carlos VIII o adquiriu e o transformou a gosto de sua rainha, Catherine Briçonnet – a primeira das sete damas.

Os maravilhosos jardins ao redor do castelo foram idealizados por Diana de Poitiers (um das mais importantes mulheres que habitaram o castelo), que recebeu o castelo de presente do Rei Henrique II – seu amante.

A terceira grande Dama a ocupar o castelo foi Catarina de Médicis, esposa do Rei Henrique II. Após a morte do rei, Catarina se tornou regente e se mudou para o Chenonceau, foi nessa época que o castelo ganhou a galeria sobre o Rio Cher, construída sobre a ponte já existente.

Após a morte de Catarina, o castelo virou lar de sua nora,  Louise de Lorraine-Vaudémont. O Rei Henrique III, filho de Catarina morreu jovem, o que fez sua esposa entrar em depressão e decorar o próprio aposento com tapeçarias pretas – características que ainda estão presentes no cômodo.

A última importante Dama a viver em Chenonceau foi Madame Luise Dupin. Seu interesse pelo iluminismo ajudou a trazer de volta a vida ao palácio, em eventos e reuniões nos quais recebia Voltaire, Montesquieu e Jean-Jacques Rousseau, dentre outros. A construção foi salva da destruição que ecoou pelo país durante a revolução francesa graças à Madame Dupin, que negociou com os líderes da revolução com sucesso.

Château de Clos Lucé

Foto: Wikipedia

O Clos Lucé fica na cidade de Ambroise, foi construído no século XV e tornou-se famoso por ser a última habitação de Leonardo da Vinci. Convidado insistentemente pelo jovem Rei Francisco I, em 1519, Leonardo aceitou o convite de mudar-se para a França, aos quase 60 anos de idade. Na época o Clos Lucé era conhecido como Cloux, localizado há 400 metros do Castelo de Ambroise, a moradia do rei. Nos três anos seguintes, Leonardo atuou como artista particular do Rei Francisco I, em projetos nas áreas de engenharia, arquitetura, sistemas de irrigação, projetos bélicos e artes plásticas. 

O Clos Lucé possui um acervo de documentos e projetos de Leonardo, pinturas de seus pupilos, maquetes e miniaturas de seus inventos. Os cômodos onde Leonardo trabalhava e dormia – e também onde faleceu em 1519 – estão abertos para visitação, dando ideia aos viajantes da ambientação na época.

Château de Chambord

Ao retornar vitoriosos da batalha de Marignanem, em 1515, o rei Francisco I decidiu construir um castelo não para ser sua residência, mas para simbolizar seu poder, registrá-lo para a eternidade. O Castelo de Chambord não possui oficialmente nenhum nome de arquiteto como responsável pela construção, porém a influência das obras de Leonardo da Vinci é perceptível na concepção deste palácio. É possível que o gênio tenha até mesmo participado dando algumas ideias, já que nessa mesma época, estava ocupando o cargo de artista particular do rei.